Mais um jogo em que o Galo coleciona oportunidades perdidas

Mais um jogo em que o Galo coleciona oportunidades perdidas
Galo repete a escrita em mais um jogo, coleciona oportunidades perdidas no Campeonato Brasileiro 2022, Cuca comete erros, jogadores tentam resolver individualmente e time falha

Salve, amigos de Arquibancada

Esse ano de 2022 tem sido uma decepção, até para o mais otimista dos atleticanos. O Atlético empacou na sétima posição desde a 20ª rodada. No entanto, na 17ª rodada, quando venceu o Botafogo, o Galo era o vice líder da competição.

No returno do Campeonato Brasileiro, o Atlético tem quatro vitórias, três empates e cinco derrotas. Um aproveitamento de 41,6% de uma equipe que tem um dos melhores elencos da América do Sul.

E o jogo de ontem, mostrou o quanto as coisas estão “desequilibradas” na equipe. Mais uma vez, Cuca cometeu erros estratégicos e os jogadores, caíram na ansiedade. Com isso, facilitaram a vida dos adversários que, obtiveram o resultado que vieram buscar.

Ainda ontem, fizemos os comentários da partida, em nossa live pós-jogo, que você pode assistir clicando no nosso canal no Youtube.

Mapa de CalorMapa de calor

Muitas pessoas analisam uma partida ou jogador, pelo mapa de calor. Porém, essa ferramenta é útil para visualizarmos por onde os jogadores se posicionaram ao longo da partida. E como todos sabemos, se posicionar, não significa que houveram jogadas ou ações. Apenas mostra a ocupação do campo.

Por essa imagem, podemos ver que o Galo não conseguiu posicionar, por muito tempo, jogadores entre a linha de três zagueiros do adversário. Podemos notar que houve posicionamento de jogadores do Atlético, nas laterais do campo do Ceará. Porém, quem mais “pisou” na área, foram jogadores do lado esquerdo do ataque Atleticano. Isso se traduz naquilo que vimos durante a partida, pouca ou nenhuma jogada eficiente com jogadores que deveriam estar no comando do ataque (parte central da área adversária).

Mapa de ações

Esse gráfico exibe onde e a intensidade das ações (passe, drible, desarme, condução, lançamento, finalizações, etc) dos jogadores, durante a partida.

Apesar da equipe ter ocupado o meio de campo adversário (conforme mapa de calor), as ações de meio campo foram poucas e resumidas apenas ao primeiro tempo. Em sua maioria e, principalmente no segundo tempo, a equipe usou e abusou de bolas longas para o ataque que, na maioria das vezes batiam e voltavam no paredão com três três zagueiros e um volante de contenção, armados por Lucho Gonzales, treinador do Ceará. Principalmente a partir da entrada de Alan Kardec no lugar de Nacho Fernandes, na segunda etapa.

Notas
  • Rafael (7.0) – Seguro quando exigido nas poucas tentativas do adversário
  • Guga (6.0) – Foi bem no jogo enquanto o Galo ainda não estava desesperado. Depois, perdeu-se em campo, assim como o time
  • Jemerson (7.0) – Mais uma partida de evolução. Não brinca em serviço. Faz o básico.
  • Alonso (7.5) – Um contraste com a partida passada. Não se abalou pelo jogo ruim contra o Santos. Mas ainda não é o mesmo jogador do ano passado.
  • Dodô (6.0) – Apresentou um bom futebol, apoiou o ataque e melhorou a recomposição, em vista dos últimos jogos.
  • Rubens (5.5) – Substituiu bem Dodô mas não ofereceu nada no jogo ofensivo.
  • Allan (5.5) – Partida muito ruim, por se tratar desse ótimo jogador, principalmente nas falhas de construção de jogadas. Abusou muito em lançar bolas em ligação direta com ataque.
  • Otávio (6.0) – Pouco melhor que Allan, mas também caiu no mesmo erro em abusar das bolas longas para o ataque.
  • Vargas (5.0) – Pouco somou. Foi mais uma substituição em que Cuca tentou aumentar o número de jogadores pressionando o adversário.
  • Zaracho (6.5) – Conseguiu trabalhar bem, enquanto teve em campo Nacho e Keno. Porém, assim como Nacho, teve seu jogo anulado, pelas tentativas de ligação direta entre defesa e ataque.
  • Nacho (6.5) – Apareceu bem no ataque, revezando com Keno e Zaracho, na função de apoio a Sasha. No primeiro tempo, coordenou as jogadas ensaiadas de bola parada e, junto com Zaracho, fazia muito bem a função de pressionar o adversário, portador da bola. Como o time passou a esticar as bolas ao ataque, perdeu sua função de construção de jogadas (e foi aí que o Cuca errou. Em deixar de utilizar a habilidade do meio, na construção)
  • Kardec (4.5) – Não apresentou nada de melhoria no conjunto. Não conseguiu arrastar a marcação. Ainda muito lento na movimentação e trocas de passes. Está muito longe de ser aquele jogador de referência.
  • Keno (6.0) – Não conseguiu oferecer perigo ao adversário. Fez um jogo burocrático, por não ter um companheiro de referência no ataque. E essa falta de um comandante de ataque, é de responsabilidade do treinador. Keno foi mais um que teve seu desempenho prejudicado, pela forma como a equipe jogou.
  • Ademir (5.0) – Tentou, buscou agredir a defesa adversária mas foi barrado por não ter boa finalização, pela falta de meias que se aproximassem para a troca de passes e não teve um atacante de referência com quem pudesse fazer as jogadas.
  • Sasha (6.0) – Vontade não faltou. Apesar de perder alguns lances de finalização, estava executando bem o desmarque ofensivo, trocando de posição com Keno, Zaracho e Nacho. Com a entrada de Kardec, ficou prejudicado, tendo a obrigação de voltar muito para ocupar espaços.
  • Pavón (6.0) – Entrou bem, buscou muito a jogada, ocupou espaços e pressionou o adversário. Porém, tentou resolver sozinho, quando teve oportunidades e companheiros esperando o passe.
  • Cuca (4,5) – Mandou a campo uma equipe com a proposta boa de jogo. Mas errou muito nas substituições, prejudicou-se ao tentar resolver o jogo só com jogadas de ligação direta e nas extremas. Errou por não usar o que o Atlético tem de bom. Que são jogadores habilidosos, com bom passe e transição.
premiaçãoDestaques
  • Jogou muito – Alonso
  • Bola Murcha – Allan, Kardec, Ademir
  • Troféu Marinho Chagas* – Cuca: Na coletiva, tentou justificar suas escolhas falando a respeito dos números e com argumentos que não representavam o que foi visto em campo.

* O ex-lateral-esquerdo Marinho Chagas que teve destaque nos anos 1970, jogando pelo Botafogo e que disputou a Copa do Mundo de 1974 pela Seleção Brasileira, certa vez deu uma justificativa (que não convenceu ninguém) inovadora para uma derrota: “Só posso resumir essa derrota com duas palavras: A-zar!”

Pois bem, essas foram as minhas impressões sobre essa partida sofrível que o Atlético apresentou e eu tive a impressão de que o Cuca estava de “corpo presente” à beira do gramado, mas a mente, estava lá no Rio de Janeiro, pensando no jogo contra o Flamengo.

Convido a todos darem suas opiniões nos comentários logo abaixo desse texto e também a participar conosco, de nosso programa diário, Fala Massa a partir das 20h, clicando abaixo.

Um forte abraço e até lá!

 

 

Saudações Atleticanas e #BoraProArquibancada

Foto da capa: Pedro Souza / Atlético
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Julio Lazarotti

DJ, Produtor, Radialista, sniper de estilingue e especialista em dar pitacos a respeito de ⚽️ futebol e 🏈football. PHD na degustação de churrascos e alimentos butequísticos. Possui mestrado na arte de consumir "pelotas del fuego", brejas e afins. 🐦 @JuliaodaMassa - 📸 @JulioLazarotti Produtor na Cidade Web Rádio