Erros em série – O Atleticano e a máquina de moer treinadores

Erros em série – O Atleticano e a máquina de moer treinadores
A sina do Atleticano ao constatar que a administração, que deveria ser profissional, comete erros em série

A partir de 2020, o Atletico iniciou uma nova fase. A tão celebrada fase do “profissionalismo institucional”. Infelizmente, apesar de 2021 e de vários acertos nas mais diversas áreas, na “pasta” futebol, constatamos o famoso “mais do mesmo” ou, erros em série.

Poderíamos amenizar as coisas e recorrer à narrativa do “errou, tentando acertar”. Mas essa narrativa, torna-se insustnetável, quando vemos que são os mesmos erros de sempre, principalmente na manutenção de quem comanda a parte desportiva do futebol profissional.

Ao contrário daquilo que é praticado no futebol mundial, a gestão do Atlético, a partir de 2022, passou a colocar a figura do Diretor de Futebol, em segundo plano. Preenchendo essa “lacuna”, com o Colegiado.

Post @Atletico no X
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E isso abre questões como: Qual o expertise dos membros do colegiado, para sobreporem as decisões e planejamentos de um Diretor de Futebol? Qual o ganho real em se manter um profissional caro e competente, em um cargo que não vai definir absolutamente NADA, em termos de planejamento da estrutura desportiva do clube? Entre tantas outras.

Bem… O resultado, nós já sabemos: De protagonistas dentro e fora do campo em 2021, passamos a coadjuvantes, a partir da gestão do colegiado. E no vácuo, perdemos um dos melhores diretores de futebol. Pois o profissional, passou a ser o “apaga incêndio” e alvo das críticas sobre os erros na gestão desportiva. Mesmo não tendo sido ele, o responsável pelas decisões finais.

E hoje, quarta-feira (20/03), a cinco dias dos 116 anos da instituição, a dez dias do primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro e a 15 dias da estréia na Copa Libertadores mais importante (financeiramente) para o Clube, viemos aqui apontar os sete erros da gestão atual, quando a direção do clube, comunica a demissão de Luiz Felipe Scolari.

Erro que é erro vem sempre acompanhado do adjetivo crasso, do latim crassu. A expressão tem o efeito do lugar-comum, mas poucos sabem que começou a ser usada na Roma antiga depois de certo general ter perdido uma batalha. Terá sido excesso de confiança, ignorância ou atração pelo erro grosseiro?

  1. Demite Turco Mohamed (que fazia um bom trabalho, para médio prazo) no meio da temporada e traz Cuca (que havia saído por problemas com o grupo de trabalho); não planeja 2023. Deixa as decisões desportivas para o final de 2022, após nova saída de Cuca.
  2. Ainda em 2022 atrasa alguns pagamentos, o que gera descontentamento de atletas e empresários, fazendo alguns buscarem “novos ares”
  3. Vai ao mercado de treinadores e, após algumas “negativas”, contrata Eduardo Coudet prometendo manter o time. Porém, se desfaz de alguns atletas sem a anuência do treinador e diretor de futebol. Promete ao treinador, reposição a altura; não cumpre. E de quebra, não assume a responsabilidade, jogando o ônus nas costas do treinador, gerando desgaste com o treinador que se sente desprestigiado
  4. Ap;ós o treinador demonstrar publicamente desagrado, cria uma narrativa de que o treinador é ruim, que o plantel é ótimo, apesar de TODOS verem que há um desequilíbrio na montagem do elenco. Demite o treinador (que quer ganhar, quer um time competitivo), com o time na 3ª posição do Brasileirão 2023, ás vésperas de uma desição na Copa Libertadores e não desmente as narrativas que diziam que o elenco não gostava do técnico, não protege o treinador, quando esse é acuado por torcedores na porta do CT (muito se especula sobre a ação da TO).
  5. Traz um treinador com filosofia COMPLETAMENTE diferente da filosofia e modelo de jogo implantados desde 2020 e, no final da temporada, comemora a classificação em 3º lugar (mesma posição que o time foi entregue e com desempenho melhor, pelo treinador anterior). E essa colocação, muito se deve ao fraco desempenho das equipes que eestavam, anteriormente, no topo da tabela
  6. Perdem o timming do mercado de treinadores ao manter para 2024, o mesmo treinador de filosofia reativa, comandando um elenco de características de futebol proativo. Aceitam passivamente o treinador desrespeitar a torcida, ignora o péssimo desempenho de um time mal treinado, apostam, que o time vai melhorar, mesmo sendo nítida a desconexão estratégica e a falta de um modelo de jogo
  7. Às vésperas da decisão do campeonato mineiro e do início da competição mais importante para o clube, e somente após se incomodarem com as críticas a eles mesmos, é que se movimentam para trocar de treinador! Mais uma vez, deixando o futuro nas mãos da sorte.

O sétimo “erro”, mostra o quanto o colegiado não tem feito bem ao Galo e à Atleticanidade.

A melhor “explicação” talvez esteja nas palavras do meu amigo e parceiro de Corneta Tática, Guido Fraga

Ele sempre tratou mal a imprensa e arrumou briga com todo mundo. E todo mundo já sabia que os jogos seriam feios de ver.

Contrataram o Felipao por ser o Felipao e o demitiram, por ser o Felipao!

Poderíamos ficar aqui debatendo erros e acertos da atual diretoria mas, naquilo que envolve o futebol, que ainda é o principal objetivo do Clube Atlético Mineiro, temos muito mais erros do que acerto.

E a máquina de moer técnicos e destruir temporadas, tá on

Foto: Pedro Souza/Atlético
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Julio Lazarotti

DJ, Produtor, Radialista, sniper de estilingue e especialista em dar pitacos a respeito de ⚽️ futebol e 🏈football. PHD na degustação de churrascos e alimentos butequísticos. Possui mestrado na arte de consumir "pelotas del fuego", brejas e afins. 🐦 @JuliaodaMassa - 📸 @JulioLazarotti Produtor na Cidade Web Rádio